Pensamentos de uma emigrante

Nunca uma ida a Portugal é igual à outra. É diferente o que vou lá fazer, o tempo que vou estar, a época do ano, o meu estado de espirito, o que encontro, quem encontro, como encontro. Por uma razão ou por outra, nunca saí de lá a pensar E pronto, foi mais uma vindinha à terrinha. A vindinha do costume.
E portanto voltar a Itália também é muito diferente.
Já senti muito medo, quando aterrei pela primeira vez. Já senti a alegria imensa de quem volta a casa. Já senti uma força muito grande que me empurrava de novo para o avião. Já senti um grande cansaço depois de um dia inteiro a viajar (muito embora no avião só tenha estado três horas). Já sorri quando voltei a ouvir italiano e já me senti irritada quando me deparei de novo com a chico-espertiçe deles. Já senti uma estranha sensação de normalidade no que estava a fazer. E já ouvi dentro de mim a pergunta o que estás aqui a fazer?
Desta vez, sou sincera, saí de casa com imensa vontade de não deixar o Pi sozinho. Mas, na hora de voltar, pensei que Até era bom se o voo fosse cancelado. Queria ficar em Viana só mais um bocadinho assim. Justo o tempo que era preciso para poder voltar a percorrer aquelas ruas a pé, para sentir mais uma vez a areia  a escaldar nos pés, para cheirar o vento salgado, para conversar mais um bocadinho, para estar no jardim a apanhar sol, para acordar a minha mãe e tomar o pequeno-almoço com ela, para dar uma volta com o meu pai e para ser mimada pela Kuata. E claro, tinha que ficar o tempo que fosse preciso para comer as bochechas do Vasco e abraçar o João. Se calhar foi mesmo isso que ficou a faltar, desta vez...

A dieta #5

O marido gostou. Prova superada!

A dieta #4

A primeira semana de dieta, a mais rigorosa, já acabou sexta-feira. Assim como as massagens.
Agora esperam-me três semanas de dieta moderada para manter o peso obtido.

Resultado: perdi os dois kilos que queria, embora tenha pecado sexta à noite (com um mini bolo e uma caipiroska pequena) e sábado à tarde com o lanche do Guilherme (ele foi croissant, rissóis, croquetes e o mega bolo de chocolate com chocolate). Algo me diz que já os recuperei...
Ainda tenho as pernas com negras da massagem e portanto não consegui ver bem os resultados.

Conclusão: amanhã vou ser avaliada pelo meu maior juiz, o meu marido, e depois conto a sentença!

 

Sabia que tinha saudades

mas nunca pensei que tinha tantas. E a verdade é que um fim-de-semana de praia, da minha praia, soube-me mesmo bem. E estava a precisar! Acho que já não metia o pé na areia da praia da Mariana há mais de dois anos, e julgo que o meu último mergulho no meu mar tinha sido há quase três. É muito tempo. É tempo demais. Já nem me lembrava quanto era bom sair da água fria e sentir o corpo todo realmente fresco e quase tonificado. Em Itália não há nada disto...e amanhã já vou voltar para lá. Para uma nova etapa. Ainda bem que recarreguei energias estes dias, vou precisar.

Diz-se que o carácter de uma pessoa se vê nos momentos difíceis.

Que o amor ou amizade que têm por ti também.
Eu não acredito nisso. Acho que o feitio de cada um está sempre lá, é sempre o mesmo e é muito difícil que mude com o tempo. Pode amaciar, pode ser camuflado, mas é sempre o mesmo. 
Agora olho para trás a pensar em quem tanto me desiludiu nos últimos tempos e vejo que os sinais sempre lá estiveram, era eu que não queria ver. O silêncio que sinto agora, porque não procuro, era o mesmo que sentia quando procurava. Só que como metia mãos à obra acabava por obter resultados. Ou achava que sim...
Quem está contigo nos momentos maus, está contigo nos momentos bons. E tu tiveste oportunidade de estar comigo em situações péssimas e óptimas nos últimos tempos e não estiveste em nenhuma. Burra fui eu em esperar mais de quem já dava tão pouco.

A dieta #3

Não sei se é só da dieta. Provavelmente não é. As massagens drenantes que ando a fazer também devem ajudar bastante. E passear a cadela todos os dias. Mas a verdade é que hoje já pesava menos meio kg! E já falta pouco, muito pouco. Isto é só mais dois dias e meio e está feito.

black swan

Há gente muito maluca...

A dieta #2

Ora bem, sábado de manhã comecei a minha dieta de três fases. A primeira era a depuração, como disse. E correu bem, apesar da fome sentida no segundo dia. 
Não é daquelas dietas exageradas, em que não se come nada durante dias e dias. Não teria paciência nem força de vontade para isso e, sinceramente, também não acho que precise. Não sou gorda, também não sou magra, sou normalzita, pronto! E meter-me para aqui a sofrer durante dias e dias não me parecia o caso.
De maneira que a primeira fase de depuração dura dois dias, a segunda de estimulação do metabolismo três e a terceira de dieta hipocalórica equilibrada outros dois. Passa rápido e, para além dos dois primeiros dias em que praticamente que só se bebe chá e come legumes e fruta, até se come coisas boas e bastante. E a verdade é que logo na manhã do segundo dia, quando me pesei, já tinha perdido um kilo!
Fiquei muito feliz e entusiasmada, mas parece que isto é mesmo muito equilibrado e agora a balança não mexe mais há dois dias...Claro que sei que isto de perder peso muito depressa não é bom e bla, bla, bla, e nem queria perder muito mais do que 2 kg até porque tenho anca e ombros largos e abaixo dos 47 kg fico um bocado mal, convenhamos, assim com as pernas muito separadas! Mas confesso que quando, ao fim de um dia, vi que já tinha perdido alguma coisa, fiquei com vontade de ver resultados todos os dias. 
Mas parece que vou ter que ter paciência. E andar mais a pé também!

Está escrito nos nossos genes. Os homens são caçadores e as mulheres coletoras. Ir às compras é uma forma de recolha.

Foi o que li num livro (ou qualquer coisa do género que o meu One Fifth Avenue está escrito em italiano), e é verdade.
Não me considero uma mulher fútil, mas não há nada como ir às compras para animar a malta! Não sou, também, daquelas mulheres que entra e sai de todas as lojas e vê tudo, tudinho. Gosto de sair de casa com a intenção de recolher, sim, mas vou só àquelas duas ou três lojas que sei que têm o que gosto.
Sábado de manhã, como é habitual quando estou em Viana, fui dar uma voltinha pela cidade e lá dei por mim à frente de uma dessas lojas. Entrei, recolhi uma data de coisas para provar e escolhi. Voltei eu para casa toda consoladinha e, mesmo estando pouco agasalhada, sentia-me quentinha, confesso.
Quando falei com o meu marido contei-lhe que tinha visto dois vestidos super giros e ele, na sua inocência, achava que ainda não os tinha comprado. Achava que só tinha ido estudar a presa, ver como se poderia adaptar ao meu corpo e se teria alguma utilidade. É claro que já estão recolhidos, os dois mais uma t-shirt, e pendurados no meu armário. Eu já fiz a minha parte, agora alguém vai ter que caçar, ou trabalhar!

É amanhã que começo a minha dieta!

Hoje cheguei a Portugal e já estou com a habitual dor de barriga. Não sei se é a diarreia do viajante se o que é, só sei que pouco depois de voltar à terrinha os intestinos me começam a funcionar bem demais e as cólicas são frequentes. Se calhar é da água!, é o que me dizem...Hummm, dúvido. Tenho cá para mim que é o meu corpo que entra em depuração natural de cada vez que aterro.
E é por isso que a partir de amanhã vou dar ouvidos à sábia natureza e começar de livre e espontânea vontade uma dieta de três fases. E claro, a primeira é a depuração. 

cabelo liso vs cabelo aos caracóis

Hoje de manhã estava eu a vir de bicicleta, num jeito muito primaveril, para o gabinete, quando sinto qualquer coisa a cair numa onda do meu cabelo com permanente. Abano um bocado a cabeça na esperança que a coisa caia por terra quando começo a ouvir um zumbido. Abano mais um bocado e o zumbido é cada vez mais forte. Uma abelha perdida nos caracóis não! E começo desesperadamente a rodar a cabeça de um lado para o outro com toda a força e velocidade que tenho no corpo (sem parar a bicicleta, claro, não fosse o vento ajudar a livrar-me da maldita) quando os meus óculos de sol começam um voo acrobático até aterrarem no chão com uma lente meia fora e meia dentro do aro.
E foi assim que cheguei à conclusão que a natureza é sábia e às pessoas histéricas mete-lhes o cabelo liso, não vá alguma coisa ficar presa nos caracóis!

O inseto lá desapareceu, mas provavelmente agora arrisco-me a que me entrem pelos olhos. Também já me aconteçeu. Sei que pareçe estranho mas é verdade. E também já comi um, igualmente a andar de bicicleta. Agora vou sempre de boca fechada. Isto está-se sempre a aprender, é o que dizem!
Agora que penso nisso, um capacete poderia ser a solução para todos estes problemas, mas tinha de ser daqueles bem fechadinhos!

O amor

Queria ter escrito no dia 12. Queria, três meses depois, ter falado do dia no meu casamento, assunto que tenho pena, agora, passados uns tempos, não ter explorado mais aqui neste cantinho.
Para dizer a verdade tenho pena de não ter deixado aqui resgistado toda a organização do evento, das dúvidas e certezas, das chatiçes e das alegrias. Foram meses intensos, de sentimentos muito contraditórios e, infelizmente, as tristezas têm têndencia a ocupar muito, mas muito mais espaço que as alegrias.
Não sei se é bom ou é mau, sei só que é assim mesmo. No exacto momento em que chegou a notícia mais triste da minha vida estava a cronometrar quanto tempo tinha que dedicar a cada lembrança dos convidados, para ver se valia a pena ser eu a fazer ou não. E de repente nada fazia sentido. Nada. Os convites que tinha acabado de enviar chegariam a todos os convidados no dia seguinte. Houve quem me tivesse dito é sinal que a vida continua. E a verdade é que tinha razão, mas a minha mente confusa nessa altura conseguia ouvir muito pouco...
E foi assim que a história da preparação do nosso casamento ficou para sempre ligada à morte do meu irmão. Contra isto não podiamos fazer nada. Só lembramo-nos que até aí ele tinha sido o nosso confidente, o nosso braço direito na organização. Tinha a música e a imagem a seu cargo. Era a ele que pediamos os mais variados conselhos e, portanto, foi quem me ajudou a decidir mudar a data numa manhã em que estava sozinha Assim tens duas datas para festejar e eu celebro os meus anos! Vai ser bom, é inicio da primavera, é uma época feliz! Muda, muda a data! E mudamos. E não lhe voltamos a tocar porque tinhamos a certeza que querias muito este casamento.
Acabei por ter a semana anterior ao casamento pautada pelo teu 3º mês e 28º aniversário nunca festejado. E não te ter abraçado no fim da cerimónia, nem ter dançado contigo no centro da pista a partir tudo como imaginámos.
Mas estavas lá, e lá estou eu outra vez a falar do meu casamento ligando-o a ti. E não quero. Quero ligá-lo unicamente à felicidade de ter casado com o Filippo.
E com isto quero voltar ao que me trouxe aqui no inicio, para escrever este post. Que era ter estado meses a pensar no lugar para a festa, na decoração, nos dicionários, no problema das duas línguas, na deslocação e alojamento dos italianos, no vestido, sapatos e adereços, na maquilhagem e penteado, no menu, nas lembranças, nas dedicatórias, nos convidados, nos convites....tudo tinha que estar perfeito e muitas coisas não eram exactamente como tinha imaginado, como queria. Demasiadas. Mas neste percurso percebi também que a vida nunca é como imaginamos.
Mas chegado ao fim o dia que, contra todas as expectativas, foi o mais feliz da minha vida, cheguei à conclusão que nada disso tem importância. O espaço não era o dos meus sonhos. Foi o que de melhor se arranjou perto de Viana, por causa dos italianos, sem degraus, por causa da mãe da noiva, pequeno por causa dos 70 convidados, com vista para o mar por causa dos noivos. O tempo não era o que tinha imaginado porque choveu o dia todo. A música foi o que foi, não se sabe se porque o dj foi arranjado dois dias antes ou se porque o senhor da quinta estava sempre a pedir para meter mais baixo. No entanto, no dia seguinte ninguém me falou disso. Mas nem sequer do bem que se jantou, ou da beleza da decoração, ou do giro que estavam os dicionários. Toda a gente falou do nosso amor.
Do meu amor pelo Pi, e do dele por mim. Toda a gente nos falou exactamente do que nos reunia ali. O Amor. E então percebi que os cabelos brancos que me apareçeram durante os últimos três meses de preparação no fim das contas não valeram a pena, porque o nosso amor sempre lá esteve. E para que o dia fosse perfeito bastou-nos pura e simplesmete ser nós próprios.

Oh pá já me começo a chatear...

Pelos vistos falei cedo demais. Já desde ontem que os dias voltaram a estar tristes, cinzentos e os aguaçeiros fortes muito frequentes. Sei que nos últimos post só tenho falado do tempo, um tema do qual se devaneia quando não se tem mais nada para dizer. Mas a mim o tempo preocupa-me. Não me vou meter aqui a dissertar sobre as mudanças climáticas, embora seja uma problemática muito inquietante. O problema é que sou meteopática e esta coisa de não ver o sol durante dias e dias chateia-me e muito...

E prontosssssss

hoje já está um calor de morte às 8.30 da manhã, o céu azul, azulzinho e o sol a brilhar.
Se alguém conseguir entender isto que me explique!

Mas será que o sol ficou tímido?

Já não vejo o sol brilhar há mais de uma semana. Só chove, só vejo nuvens cinzas e mesmo quando começam a ficar brancas nunca se largam. Estão sempre ali todas coladinhas. Devem estar na amêna cavaqueira. Ou, se calhar, a conspirar. Sim, porque sair do gabinete e ver o céu com um ar inocente, de um branco cândido e de repente ficar antracite e começar a chover torrencialmente é obra de quem anda a conspirar contra qualquer coisa. Ou então as nuvens estão todas com TPM! Aparentemente não se passa nada mas de repente ninguém se salva, com direito a relâmpagos e trovões e tudo. Coitado do sol no meio disto tudo, deve ser um homem com muita paciência!

Tenho cá para mim

que devia ter continuado a dieta que devia ter começado há uns tempos com o meu maridinho. É que mesmo sem fazer o minimo esforço, acho que já engordei um bocadote. E para quem está com o Verão à porta (mesmo que insista em fazer caretas, mais tarde ou mais cedo ele chega...) isso não é nada bom. Ai não é não...
Não me lembro do dia em que te conheci. Era demasiado pequena. Mas lembro-me de ti sempre, da tua presença em toda a minha vida. Das discussões, das confissões, das lutas, das disputas, da cumplicidade própria de quem tem quase a mesma idade.
Nestes 6 meses não tenho feito outra coisa que não seja lembrar-me. Lembrar-me dos dois dedos de conversa diários na chat, das críticas com poucas palavras, do cheiro da tua roupa lavada, dos segredos sussurrados na cozinha, das festas nas orelhas e do beijo na testa. De sentir o cachaço a ser apertado, do sorriso malandro, do oh, dos ciúmes de quem quer e não quer saber. Do entusiasmo com uma nova paixão, do regresso ao passado (sempre), das perguntas em tom desinteressado com tanta vontade de explorar. Sinto saudades dos olhos cor de mel, das unhas roídas, dos dentes um bocado muito amarelos, do pipinho e dos pés descalços.
Olho para trás e lembro-me de tanto. De todos esses momentos passados juntos. Acontecimentos felizes, infelizes, normais. De tanta coisa vivida em conjunto. De tantos sonhos e medos confessados, conquistas e derrotas partilhadas... Eramos muito amigos, o facto de sermos irmãos só tornou o nosso amor num amor incondicional. Fizéssemos o que fizéssemos, acontecesse o que acontecesse, eramos sempre um do outro.
E agora que me deparo com este vazio chego à conclusão que sim, que tudo isto me fará imensa falta. Que terei que aprender a viver com o vazio que criaste. Mas que o que me deixa profundamente triste é saber que nunca mais vou poder partilhar contigo nada da minha vida. Que o último Natal foi mais vazio e que faltará sempre uma parte por mais que a família aumente. Que casei e tu não estavas lá, mesmo ao meu lado, nem dançaste como um maluquinho no meio da pista. Que nunca a voz doce do Vasco vai dizer é o titio quando te vir aparecer do outro lado da webcam como agora mesmo me fez....
E hoje é outra vez dia 5. E hoje é outra vez domingo. E hoje chove outra vez .
E eu penso que é esta falha no futuro que me deixa realmente triste. Seja que dia seja da semana, dia 1 ou 31, Janeiro ou Dezembro, faça chuva ou faça sol.

Metade *













Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

*Oswaldo Montenegro

Contradições

Hoje é feriado aqui em Itália e nós viemos trabalhar.
Tem lógica. O gabinete é nosso, temos trabalho, é quinta-feira, está mau tempo, trabalhamos.
O que não tem lógica nenhuma é não ter vontade nenhuma para estar aqui. Não sei se é o silêncio lá fora, se é saber que toda a gente está a descansar, se pensar que a maioria fez ponte, se o que é, mas eu só queria mesmo era estar a dormir!