e já em Itália

Chegamos a Itália com duas horas e meia de atraso, perdemos o comboio para Foligno, tivemos que ficar a dormir em Roma e só hoje de manhã viemos para casa.
Foi muito cansativo, mas pelo menos o Pi teve direito a mais um dia de férias e esteve aqui comigo!
Foi muito bom estar em Viana, rever todos, mas tenho a sensação que estive com todos e com ninguém ao mesmo tempo. Tinha a cabeça longe...No inicio desta nova fase...Ou talvez fosse só confusão de emigrante que volta a casa e tem tanto e nada para contar...
No final das contas, revi cASA dia 12 de Agosto e cheguei a Casa dia 26 do mesmo mês...

em casa...

Cheguei a casa...depois de três dias em Zaragoza, a ver a expo 2008, e um dia no carro, cheguei à terrinha.
Agora é meter a cabeça em ordem e carregar o coração para enfrentar com força a nova fase que se adivinha.

VAFFANCULO

Só hoje, passada uma semana, tenho coragem de contar aqui o grande VAFFANCULO que tenho vontade de dizer ao Sr. Arq. Paolo Luccioni.

Às 8 da noite de quarta-feira, dia 6 de Agosto de 2008, sem qualquer razão plausível e no meio de um grande devaneio seu, disse-me que a partir do dia seguinte não me devia apresentar no gabinete.
Disse-me que era a melhor arquitecta que tinha ali dentro, mas que ele não precisava de um "Le Corbusier" mas de “amigos”. Que eu não me tinha integrado com os colegas, o que é absolutamente mentira, e que ele me estava antipático. Ali disse-lhe que tinha ficado muito ofendida naquela vez em que me destratou. A resposta do génio foi que tenho graves problemas mentais e sociais se fiquei magoada e escandalizada quando me disse:
- Agora vou-te ao cu, agora vou-te ao cu, se não vou é porque se calhar ainda te dou prazer (tradução literal às suas belas palavras em italiano).

Errei eu…nesse dia 22 de Maio devia ter batido com a porta e ido procurar outra coisa.
Mandou-me para a rua de um dia para o outro deixando todos de boca aberta. Despediu-me como se despede alguém que foi surpreendido a roubar não porque falhei como profissional mas como "pessoa", porque não entro com ele em conversas ordinárias e não tenho qualquer interesse em encontrar-me com ele num café. No fim do delírio disse-lhe:
- Eu vou embora mas tem de me dar uma justificação para que eu possa explicar às pessoas que me perguntarem porque.
- Porque TU te sentes muito mal aqui dentro.

E agora, em pleno Agosto e de “ferias” (porque tecnicamente não se podem chamar ferias) encontro-me sem trabalho…volto dia 26 e a minha vida em Foligno será uma incógnita. Sei só que tenho o Pi e que me dedicarei a 100% ao CCA, até arranjar outro trabalho…