Che tempo che fa...

Não escrevo há muitos dias...demasiados, eu sei.
Mas como uma pessoa que tem pouco à vontade com outra, neste momento só me ocorre falar do tempo. Está maluco...Já não existem meias estações...Sim, sim, é verdade. Então não é que neste fim de semana nevou e no anterior andava só de camisa? E hoje? Hoje choveu torrencialmente...
Mas a verdade é que passaram 23 dias desde o ultimo dia em que escrevi. Aconteceram algumas coisas, até porque entretanto melhorei, voltei ao trabalho, à vida fora de casa.
No dia 8, dia internacional da mulher, fui a um desses jantares só de mulheres onde aflora todo o ridículo que temos dentro. Na altura pensei num post sobre o assunto, mas depois meteu-se um ritmo alucinante de trabalho no gabinete onde estou, com sábados e domingos empenhados e portanto fui adiando...
E mais uma vez o tempo...como corre! Porque na semana passada comemoramos 1 ano que moramos juntos. Pensei também num post mas entretanto começamos a pensar mais seriamente na nossa vida pela noite dentro e fui dizendo "depois".
Agora tenho de organizar as ideias. E para poder contar preciso de tempo...
...para pensar

Será que posso ser devolvida?

Não saio de casa há 5 dias.
Minto. Saí duas vezes de casa. Uma para ir ao médico de família na sexta que me disse que devia ter um vírus gastro-intestinal e para continuar a ben-u-ron e que no ouvido do qual me queixava não via nada, e sábado, para ir ao centro de saúde porque durante a noite não dormi nada com dores de ouvido "saudável". Afinal tenho otite e ninguém sabia! Agora espera-me uma semana de antibiótico E ben-u-ron...
Das duas uma: ou me estão a ir todas as doenças de uma vez só, todas aquelas que nunca tive (é a primeira vez que tenho otite na minha vida, ou pelo menos que me lembre e acho que dores como tive ontem são difíceis de esqueçer...) e aquelas que já não tinha há muitos anos (já que a última vez que estive tantos dias seguidos fechada em casa foi no Inverno de 2002...) ou então é a mãe natureza a comunicar que sou um vírus andante e que devo ser devolvida!...
Claro que tenho sido muito bem tratada. Corro até o risco de nunca mais me curar de tão "melada" que me deixam. Mas a verdade é que quando se está doente não há nada como os aconchegos na cama da mãe e as bebidas milagrosas do pai!...