Pronto, confesso, hoje acordei com muito mau feitio.

É um facto que volta e meia tenho ataques de furia, de nervos, de stress, o que lhe quiserem chamar. Desde que estou grávida tenho muito menos, é verdade, mas ainda assim há dias que acordo assim, que nem a mim própria me aguento.
Hoje, tenho a certeza, é porque dormi muito mal.
Das 4:45 às 6:45 (pelo menos) estive acordada. Completamente. E quando se está acorada a estas horas da noite, em que a única coisa que se ouve é o vento endemoniado lá fora e o vizinho maluco que faz banhos de emersão, a cabeça faz muitas viagens.
E esta noite a minha viajou tanto que cheguei a ficar cansada de ouvir os meus pensamentos. Fiquei esausta de reviver emoções, de lembrar eventos e de fazer listas mentais.
Quando finalmente dormia, obviamente o despertador tocou. E a roupa para recolher e outra para estender com ele. E deitar o lixo fora. E meter gasolina. E ter que sair do carro para abrir o portão da garagem e depois o do estacionamento do gabinete. E o tempo horroroso. E o vento. E tudo o que hoje me pode tirar do sério, com ele.
Ainda nem a manhã vai a meio e eu já tenho vontade de me enfiar na cama outra vez...
A única coisa que me fez sorrir (sim, porque até me doem os dentes de tão serrados que os tenho) foi a ternura do meu marido quando me enviou uma fotografias da Gisele Bundchen gravidissima e me disse que eu, e a minha barriga, somos mais bonitas. O amor é mesmo cego. E muito paciente. E um bocadinho mentiroso, vá! 

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