No sábado fui a um casamento que podia ser o dos meus sonhos.
Decidiram casar numa capelinha muito pequenina e amorosa a meio caminho entre a casa dos pais de um e do outro e mesmo ao lado da casa que estão a construír para eles, fazer o copo d'água no jardim da casa dos pais dela, com duas mesas compridas, tudo com um ar muito campestre e familiar. Estava tudo muito simples e bonito e a noiva até levava um grande chapéu em vez do véu.
Dia 2 de Julho aqui em Foligno é sinónimo de muito, muito calor e sol. E tinha sido assim até ao dia anterior. Tinham pensado nos abanicos, na pégola de panos brancos para fazer sombra nas mesas, num menú fresco e no corte do bolo perto da piscina, não fosse alguém querer dar um mergulho.
Só que neste 2 de Julho choveu muito. Mas assim tipo diluvio. Mas tanto que até caiu granizo.
A metade dos convidados que ficou fora da capela ficou molhada (eu incluída) e deixou de conseguir seguir a missa porque as colunas começaram a soluçar. O arroz para lançar aos noivos ficou empapado e o vestido da noiva cheio de lama. As mesas e cadeiras do aperivo não se salvaram e os 170 convidados ficaram todos debaixo de um alpendre. Teve que se montar uma grande tenda rapidamente mas mesmo assim o espaço era pouco para tanta gente e mesa e cadeira. A organização que eles tinham feito dos lugares ficou descombinada. Os empregados não conseguiam passar bem entre cadeiras para servir. E estavam todos molhados de fazer o percurso entre a cozinha e a tenda à chuva. E o chão estava cheio de lama. As toalhas humidas e as cadeiras escorregadias.  As flores murchas. Um desastre...
Mas apesar de tudo os noivos estavam muito tranquilos e felizes. Devem ter percebido que não se deve esperar muito da vida, já que esta nunca é como imaginamos.

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