15/01/2013

Desde este dia que sou mãe da Clara.
Mãe.
Mãe...
Mãe!
É uma sensação única, inexplicável de ter alguém por quem esperamos nove meses nos braços e de repente paraçer que sempre a tivemos. É não perceber como podemos estar sem até aí.
A viagem foi longa, com a ratinha a nascer às 40 semanas e 6 dias. O parto foi imenso. A preparação para ele também. Os primeiros sinais que alguma coisa estava a mudar tive no dia 13 de manhã com a perda do rolhão mucoso e foi continuando com as primeiras contracções à tarde, e depois noite dentro e mais dia 14 inteiro até dar entrada no hóspital às 23h desse dia. Mas a Clara só nasceu às 12:59 do dia 15 com 3,240 kg e 52 cm, de parto natural sem epidural. E tudo o que vivi até aí, naquele último mínuto do meio-dia, passou. À uma da tarde já não sentia mais nada a não ser um amor profundo, puro, intenso, incondicional e para o resto da vida.
Os dois dias no hóspital correram bem, sempre em modo lapinha agarradinha à maminha, que adorou mal voltei a tê-la nos braços depois de examidada e lavada. Foi de tal forma que quase não perdeu peso nenhum. E assim continuou, uma comilona.
Voltar a casa trás inseguranças e medos, mas enquanto o Pi esteve aqui comigo e ainda estava em transe com o parto, as coisas correram muito bem.
Depois vi-me sozinha com esta coisa pequenina totalmente dependente de mim e caí no pânico absoluto, até porque tinha que tomar umas injecções para limpar melhor o utero (que acabaram por não fazer totalmente o efeito esperado e o meu médico teve que me limpar 10 dias depois do parto...) que me davam muitos calores e enervavam a Clara. Criou-se uma bola de neve entre a Clara chateada com a minha chateação que só quando estávamos quase a chegar ao seu mês de vida começou a estabilizar...
Agora estou muito bem, muito tranquila e serena como nos primeiros dias e muito satisfeita com o meu novo papel. Não quero outra coisa!
Mas confesso que a adaptação não foi fácil, que as primeiras semanas foram bastante duras e que não se sabe mesmo para o que se vai até se passar por isso.
Está-se sozinha, fechada em casa, com um ser que depende de nós 24 horas por dia, de dia e de noite, sempre. Para sempre. Não é verdade que se percebe logo o que um filho quer e que se distingue o choro como se diz no curso de preparação para o parto ou nos livros que se compram. Pelo menos não nas primeirissimas semanas. É preciso tempo e calma, e repouso é coisa que não se tem nessa altura.

Voltando à Clara, que é a protagonista nesta história: é uma bebé muito serena, de dia come, dorme soninhos pequeninos e já faz carinhas muito engraçadas e os primeiros sorrisos. Adora ver o que se passa à sua volta mas é independente, adorando estar na sua caminha a fazer ginástica e a ouvir a musiquinha que lhe meto. Falamos imenso. Será tagarela como a mãe! De noite dorme muito bem e há uma semana começamos a dar uns passeios e a pequena adora.
E não sei se são os olhos apaixonados de mãe, mas tenho uma filha linda de morrer, para além de ser um anjinho. Ora vejam lá! 

Não vale a pena dizerem que é a cara da mãe porque, pelo menos para já, é igualzinha ao pai tirando os lábios - que aqui não se veêm bem - e algumas expressões!

3 comentários:

Anónimo disse...

Que menina deliciosa:) que bom teres partilhado a tua felicidade de maneira a termos direito a ela tb!
Parabéns papás! A clara é linda. Espero dar-lhe colinho um dia e beijinhos de amor****
Di*

Ritália disse...

Querida Di, em breve iremos a Portugal (no fim da Abril) e espero ver-te para dares todo o teu carinho à nossa Clarinha.
Um beijo com muitas saudades

Anónimo disse...

Mama Rita, eu ia dizer que é parecida contigo, mas assim já não digo nada...eheh..Está super super fofa!!Beijinhos, Amorais