Só hoje, passada uma semana, tenho coragem de contar aqui o grande VAFFANCULO que tenho vontade de dizer ao Sr. Arq. Paolo Luccioni.
Às 8 da noite de quarta-feira, dia 6 de Agosto de 2008, sem qualquer razão plausível e no meio de um grande devaneio seu, disse-me que a partir do dia seguinte não me devia apresentar no gabinete.
Disse-me que era a melhor arquitecta que tinha ali dentro, mas que ele não precisava de um "Le Corbusier" mas de “amigos”. Que eu não me tinha integrado com os colegas, o que é absolutamente mentira, e que ele me estava antipático. Ali disse-lhe que tinha ficado muito ofendida naquela vez em que me destratou. A resposta do génio foi que tenho graves problemas mentais e sociais se fiquei magoada e escandalizada quando me disse:
- Agora vou-te ao cu, agora vou-te ao cu, se não vou é porque se calhar ainda te dou prazer (tradução literal às suas belas palavras em italiano).
Errei eu…nesse dia 22 de Maio devia ter batido com a porta e ido procurar outra coisa.
Mandou-me para a rua de um dia para o outro deixando todos de boca aberta. Despediu-me como se despede alguém que foi surpreendido a roubar não porque falhei como profissional mas como "pessoa", porque não entro com ele em conversas ordinárias e não tenho qualquer interesse em encontrar-me com ele num café. No fim do delírio disse-lhe:
- Eu vou embora mas tem de me dar uma justificação para que eu possa explicar às pessoas que me perguntarem porque.
- Porque TU te sentes muito mal aqui dentro.
E agora, em pleno Agosto e de “ferias” (porque tecnicamente não se podem chamar ferias) encontro-me sem trabalho…volto dia 26 e a minha vida em Foligno será uma incógnita. Sei só que tenho o Pi e que me dedicarei a 100% ao CCA, até arranjar outro trabalho…