Depois de recuperar as forças com tanta constipação e noites mal dormidas, tive direito a comover-me pela primeira vez com uma ecografia. Juro que nunca me tinham vindo as lágrimas aos olhos em nenhuma consulta mas há um mês fui ver a Diana e vê-la assim tão perfeita a crescer mexeu com qualquer coisa cá dentro.
Diana às 26 semanas de gravidez
Digam lá se não é linda?
Talvez porque esta segunda gravidez esteja a ser mais "pesada". Ando mais cansada, a barriga parece-me maior, tenho menos tempo para ciudar de mim e menos ainda para pensar nesta bebé que está a crescer e que daqui a 10 semanas, se tudo correr bem, está cá fora. Sim, porque já ultrapasssei as 30 semanas, o tempo voa, foge-me por entre os dedos e não tenho tempo para fazer mais nada que não seja trabalhar de manhã depois de tratada de toda a logistica da casa e entrega da Clara na creche. Voltar a ir buscá-la e tratar do almoço e arrumar cozinha, meter a dormir e cair redonda eu também. Depois é brincar, passear, tratar de banhos e jantares. Arrumar mais uma vez e pronto, voltar a aterrar no sofá. O tempo para pensar na chegada da Diana reduz-se às aulas de hidroginática para grávidas duas vezes por semana e a uns minutos antes de adormecer, em que a sinto aqui a chamar por mim, a dar pontapés para reinvindicar a atenção que não lhe dei durante o dia. Porque não me sentei todas as vezes que me senti cansada, porque peguei várias vezes na Clara ao colo, porque andei a pé mais do que devia...
Mas entre uma saída e outra lá tenho conseguido comprar o enxoval para a bebé, pensar no cantinho dela no quarto das meninas e programar as próximas semanas. Devagar, devagarinho, lá chegaremos, acredito!
Para aumentar ainda mais o cansaço (mas por outro lado aquecer o coração), no início do mês fomos pela última vez a Portugal antes do nascimento da Diana. Fomos só nós as três, as meninas da casa. As viagens de avião correram muito bem, como sempre. A Clara é uma viajadora, adora aeroportos, aviões e todos os mimos e atenções que lhe dão. A casa dos avós é como uma segunda casa para ela, reconhece tudo, não estranha nada nem ninguém e isso é uma sorte que reconheço ter e espero que com a irmã não seja diferente. Mas claro, mesmo sendo tudo familiar, há sempre uma pequena adaptação a fazer, muitas escadas para subir e algumas birras extra para gerir. Tudo isto com o barrigão fica mais difícil de suportar e o cansaço de recuperar.
De resto tudo a andar, à parte a estação estar a mudar e a minha pressão arterial a baixar aos mínimos consentidos. Digamos que o que mais me ouvem dizer ultimamente é "estou cansada". E estou. Podre, de rastos. E acho também que isto da gravidez é lindissimo, mas que a segunda devia ser mais curta! :)
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