do trabalho

ou do regesso, a sério, a ele.
Do deixar a Clara. 

Pois é, mais de oito meses depois, era hora de deixar a Clara a alguém para que eu me possa concentrar no trabalho e voltar, mais seriamente, ao activo.
Claro que durante estes oito meses trabalhei. Fiz os possiveis em casa, enquanto a Clara dormia ou brincava tranquila. Levei a pequena a reuniões ou idas à câmara. Tapei buracos. Mas não é a mesma coisa.
Não dá para ser mãe a tempo inteiro e trabalhar e organizar a casa. Dar de mamar, brincar, trocar fraldas e vestir e ainda pensar nas limpezas, na arrumação, no supermercado e nas refeições entre quatro linhas de autocad e uma chamada. Quer dizer, dar dá, mas fica sempre tudo feito só mais ou menos. E estava farta da vida assim-assim.
De maneira que, com a partida do meu pai a meados de Setembro, chegamos à conclusão que pelo menos de manhã me devo concentrar no trabalho.
A Clara fica com a babysitter ou com a avó e eu vou à minha vidinha. Faz bem a todos. À arquitecta, à mulher e à mãe. E à filha, que se habitua a estar bem com outras pessoas. E já agora à babysitter, que arranjou trabalho, e à avó, que se delicia.

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