que não ando lá muito concentrada.
Se não vejamos:
No outro dia estava a tratar de pagar as últimas contas pendentes quando me apercebo que me faltam 250 euros na carteira. A primeira coisa que pensei foi que o Filippo tivesse pegado para pagar também ele alguma coisa. Não tinha sido.
Ah, então perdi! Ou roubaram-me. Mas quem? Não pode, devo ter perdido! Mas onde? Só se foi num dos sítios onde estive ontem a pagar outras contas...Vou lá ver se por acaso foi assim...
Depois de fazer e refazer as contas, de fazer e refazer o percurso do dia anterior e de estômago embrulhado completamente convencida que os 250 euros tinham ido para o tecto, lá fui eu perguntar nesses dois lugares onde tinha estado no dia anterior se por acaso tinham visto o meu dinheiro. Se por acaso me teria caido da carteira no momento do pagamento ou, mais absurdo ainda, não teria dado duas ou três notas juntas por engano.
Está claro que não.
E agora? Nunca me aconteceu uma coisa destas na vida...que nervos, é muito dinheiro...
Vinha eu nestes pensamentos auto-destrutivos e de culpabilização quando do nada me vem em mente:
Ontem também paguei a contabilista! Ah-ah! Foi isso!
E toda contente voltei ao trabalho com a questão do dinheiro resolvida.
Hoje ao fim da manhã olho para o dedo e não vejo o meu anel de noivado.
Não! O anel de noivado não... eu sabia que o devia ter mandado apertar! Eu sabia!
Mas espera lá. Não me lembro da sensação de tê-lo no dedo na rua. Mas sei que o meti de manhã. Tenho a certeza! Tem que estar em casa.
Chego a casa e lá me meto à procura. Procuro primeiro em cima das mesas. Nada. Debaixo dos móveis. Nada. Depois começo a ver dentro das carteiras. Nada. Se calhar caiu no lixo. Vejo no lixo. Nada (ah, uma vez estava dentro do cesto da roupa suja, caiu-me do dedo para lá. Como hoje deitei coisas ao lixo...pronto! Pensei...mas não!).
Merda...só pode estar no gabiente! Talvez dentro da bolsa do portátil...
Mas não..Faz percurso a pé. Vê debaixo da mesa. Nada.
Pensa. Pensa. Pensa. E outra vez o aperto na barriga.
Tenho a certeza que o meti de manhã. Mas não me lembro de o ter no dedo na rua...Isto era-me bem claro. E plim! Deve estar no parapeito da janela da casa de banho. Tirei para lavar as mãos. E não é que estava lá mesmo?
Ah...hoje de manhã, assim por acaso, fui a um dos lugares onde supostamente tinha perdido o dinheiro. Disse-lhe que afinal o dinheiro tinha era sido gasto. Hoje à tarde voltei lá a ver se por acaso o anel não estava lá. Agora vou ter que lhe dizer que esatva na minha casa de banho. Coisas da vida...ou da minha vida.
1 comentário:
Ritália,
Andas mesmo, minha querida, com a cabeça pouco assente. Pode ser de tudo: a anestesia pode interferir na memória, os dias passados em Viana que te fizeram desligar da correria em que andavas,a mudança da casa e do gabinete com o que tudo isso acarreta de coisas encaixotadas,desarrumadas e agora estás a estabilizar.
Apanhaste dois grandes sustos!
Mas tudo terminou bem e...ainda bem!
Beijo
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