Isto de ter casa nova tem muito que se lhe diga.
É que agora tenho casa de gente grande, com sala espaçosa, cozinha separada e dois quartos e portanto tenho de me comportar como adulta que sou. Ou seja, tenho que dar almoços e jantares, não só para inaugurar a casa mas para me fazer valer como senhora Conti!
Ah pois é!
De maneira que, depois de vários ensaios com amigos, no dia 25 (que aqui também é feriado e curiosamente também se festeja a Liberdade) convidei a famiglia para almoçar lá em casa. Eramos nove e eu, não paga, arranjei uma dificuldade acrescida. Foi do género, o primeiro nível já passei: a cozinha portuguesa, então bora lá para o segundo nível: cozinha italiana. Arrisquei um game over, é verdade, mas correu bem e acho que ganhei vidas!
Juro que queria ter tirado fotografias a tudo, mas deve ter sido o stress que me fez esqueçer tudo a que me tinha proposto.
Queria ter guardado memória da mesa longa, das flores no centro da mesa, do antipasto, primo, secondo e dolce que fiz. E sobretudo da satisfação dos meus convidados a fumar charuto na varanda.
Fica para a próxima. Lá terá que ser!
Está visto
Uma coisa de cada vez não é mesmo possível. Isto tem que ser tudo ao mesmo tempo.
Quando tiver um bocadinho de tempo só para mim venho aqui e conto.
Agora tenho que ir que tenho tanta coisa a fazer ao mesmo tempo que se me distraio o mais provável é que arda.
Quando tiver um bocadinho de tempo só para mim venho aqui e conto.
Agora tenho que ir que tenho tanta coisa a fazer ao mesmo tempo que se me distraio o mais provável é que arda.
Abril entre Portugal e Itália
Em Abril águas mil. É verdade, não tem parado de chover.
Aprile, dolce dormire. Confirmo, tenho tido grandes conversas com a minha almofada e enormes discussões com o despertador.
Muito acertiva esta sabedoria popular, sim senhora!
Aprile, dolce dormire. Confirmo, tenho tido grandes conversas com a minha almofada e enormes discussões com o despertador.
Muito acertiva esta sabedoria popular, sim senhora!
Bem me parecia
que não ando lá muito concentrada.
Se não vejamos:
No outro dia estava a tratar de pagar as últimas contas pendentes quando me apercebo que me faltam 250 euros na carteira. A primeira coisa que pensei foi que o Filippo tivesse pegado para pagar também ele alguma coisa. Não tinha sido.
Ah, então perdi! Ou roubaram-me. Mas quem? Não pode, devo ter perdido! Mas onde? Só se foi num dos sítios onde estive ontem a pagar outras contas...Vou lá ver se por acaso foi assim...
Depois de fazer e refazer as contas, de fazer e refazer o percurso do dia anterior e de estômago embrulhado completamente convencida que os 250 euros tinham ido para o tecto, lá fui eu perguntar nesses dois lugares onde tinha estado no dia anterior se por acaso tinham visto o meu dinheiro. Se por acaso me teria caido da carteira no momento do pagamento ou, mais absurdo ainda, não teria dado duas ou três notas juntas por engano.
Está claro que não.
E agora? Nunca me aconteceu uma coisa destas na vida...que nervos, é muito dinheiro...
Vinha eu nestes pensamentos auto-destrutivos e de culpabilização quando do nada me vem em mente:
Ontem também paguei a contabilista! Ah-ah! Foi isso!
E toda contente voltei ao trabalho com a questão do dinheiro resolvida.
Hoje ao fim da manhã olho para o dedo e não vejo o meu anel de noivado.
Não! O anel de noivado não... eu sabia que o devia ter mandado apertar! Eu sabia!
Mas espera lá. Não me lembro da sensação de tê-lo no dedo na rua. Mas sei que o meti de manhã. Tenho a certeza! Tem que estar em casa.
Chego a casa e lá me meto à procura. Procuro primeiro em cima das mesas. Nada. Debaixo dos móveis. Nada. Depois começo a ver dentro das carteiras. Nada. Se calhar caiu no lixo. Vejo no lixo. Nada (ah, uma vez estava dentro do cesto da roupa suja, caiu-me do dedo para lá. Como hoje deitei coisas ao lixo...pronto! Pensei...mas não!).
Merda...só pode estar no gabiente! Talvez dentro da bolsa do portátil...
Mas não..Faz percurso a pé. Vê debaixo da mesa. Nada.
Pensa. Pensa. Pensa. E outra vez o aperto na barriga.
Tenho a certeza que o meti de manhã. Mas não me lembro de o ter no dedo na rua...Isto era-me bem claro. E plim! Deve estar no parapeito da janela da casa de banho. Tirei para lavar as mãos. E não é que estava lá mesmo?
Ah...hoje de manhã, assim por acaso, fui a um dos lugares onde supostamente tinha perdido o dinheiro. Disse-lhe que afinal o dinheiro tinha era sido gasto. Hoje à tarde voltei lá a ver se por acaso o anel não estava lá. Agora vou ter que lhe dizer que esatva na minha casa de banho. Coisas da vida...ou da minha vida.
Se não vejamos:
No outro dia estava a tratar de pagar as últimas contas pendentes quando me apercebo que me faltam 250 euros na carteira. A primeira coisa que pensei foi que o Filippo tivesse pegado para pagar também ele alguma coisa. Não tinha sido.
Ah, então perdi! Ou roubaram-me. Mas quem? Não pode, devo ter perdido! Mas onde? Só se foi num dos sítios onde estive ontem a pagar outras contas...Vou lá ver se por acaso foi assim...
Depois de fazer e refazer as contas, de fazer e refazer o percurso do dia anterior e de estômago embrulhado completamente convencida que os 250 euros tinham ido para o tecto, lá fui eu perguntar nesses dois lugares onde tinha estado no dia anterior se por acaso tinham visto o meu dinheiro. Se por acaso me teria caido da carteira no momento do pagamento ou, mais absurdo ainda, não teria dado duas ou três notas juntas por engano.
Está claro que não.
E agora? Nunca me aconteceu uma coisa destas na vida...que nervos, é muito dinheiro...
Vinha eu nestes pensamentos auto-destrutivos e de culpabilização quando do nada me vem em mente:
Ontem também paguei a contabilista! Ah-ah! Foi isso!
E toda contente voltei ao trabalho com a questão do dinheiro resolvida.
Hoje ao fim da manhã olho para o dedo e não vejo o meu anel de noivado.
Não! O anel de noivado não... eu sabia que o devia ter mandado apertar! Eu sabia!
Mas espera lá. Não me lembro da sensação de tê-lo no dedo na rua. Mas sei que o meti de manhã. Tenho a certeza! Tem que estar em casa.
Chego a casa e lá me meto à procura. Procuro primeiro em cima das mesas. Nada. Debaixo dos móveis. Nada. Depois começo a ver dentro das carteiras. Nada. Se calhar caiu no lixo. Vejo no lixo. Nada (ah, uma vez estava dentro do cesto da roupa suja, caiu-me do dedo para lá. Como hoje deitei coisas ao lixo...pronto! Pensei...mas não!).
Merda...só pode estar no gabiente! Talvez dentro da bolsa do portátil...
Mas não..Faz percurso a pé. Vê debaixo da mesa. Nada.
Pensa. Pensa. Pensa. E outra vez o aperto na barriga.
Tenho a certeza que o meti de manhã. Mas não me lembro de o ter no dedo na rua...Isto era-me bem claro. E plim! Deve estar no parapeito da janela da casa de banho. Tirei para lavar as mãos. E não é que estava lá mesmo?
Ah...hoje de manhã, assim por acaso, fui a um dos lugares onde supostamente tinha perdido o dinheiro. Disse-lhe que afinal o dinheiro tinha era sido gasto. Hoje à tarde voltei lá a ver se por acaso o anel não estava lá. Agora vou ter que lhe dizer que esatva na minha casa de banho. Coisas da vida...ou da minha vida.
Para já
Ainda estou a aterrar.
Ainda não acerto com um único interruptor lá em casa.
Ainda não sei o que vestir de manhã.
Ainda não sei bem qual é a melhor cadeira para me sentar a trabalhar.
Ainda não sei muita coisa...
Mas a vida continua a andar.
E todos os dias tenho que me levantar e acender a luz.
E vestir-me e vir trabalhar.
Tenho muito para contar. Mas mal começo a tentar organizar uma frase as ideias começam a confundir-se. Afinal de contas foi tanta coisa em tão pouco tempo.
A minha vida, de um momento para o outro, ficou toda diferente. Não na substância, mas na forma. E isso é já muito!
Tudo se começa a compor agora. Já não ando com um ritmo alucinante de entregas encadeadas. A casa já tem todas as divisões arrumadas e no gabinete só falta mesmo a internet a funcionar bem.
Mas ainda não tive tempo para tirar fotografias. Nem para organizar bem a agenda. Ou para organizar bem os pensamentos. E isso também é muito importante.
Ainda não acerto com um único interruptor lá em casa.
Ainda não sei o que vestir de manhã.
Ainda não sei bem qual é a melhor cadeira para me sentar a trabalhar.
Ainda não sei muita coisa...
Mas a vida continua a andar.
E todos os dias tenho que me levantar e acender a luz.
E vestir-me e vir trabalhar.
Tenho muito para contar. Mas mal começo a tentar organizar uma frase as ideias começam a confundir-se. Afinal de contas foi tanta coisa em tão pouco tempo.
A minha vida, de um momento para o outro, ficou toda diferente. Não na substância, mas na forma. E isso é já muito!
Tudo se começa a compor agora. Já não ando com um ritmo alucinante de entregas encadeadas. A casa já tem todas as divisões arrumadas e no gabinete só falta mesmo a internet a funcionar bem.
Mas ainda não tive tempo para tirar fotografias. Nem para organizar bem a agenda. Ou para organizar bem os pensamentos. E isso também é muito importante.
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