ROMA|AMOR

Quis o destino que se desse a coincidência de ir a Roma 5 anos depois de ter estado lá contigo.
Adorei este último fim-de-semana. Estive lá com as minhas amigas e para além de rever Roma, que é sempre linda, deu para matar mesmo bem as saudades que tinha delas já que falamos que nem matracas o tempo todo.
No entanto, não posso deixar de confessar que a tua lembraça me fez sombra. Não sei se é por estar longe de Viana e dos lugares e pessoas que nos viram crescer que muitas vezes tenho a esperança vã que tu estejas a fazer uma viagem e que um dia te vou voltar a ver. Mas a verdade, aquela mesmo nua e crua, é que não te vou ver voltar e que fazes, e fazes-me, muita falta. E estar ali, na cidade eterna onde passamos dias tão bons, com algumas daquelas pessoas que nos conhecem há anos, mexeu muito comigo.
Ultimamente tenho a sensação que só agora estou a elaborar a tua ausênsia. E as saudades loucas que tenho de ti. E o vazio que deixaste. Em mim. Na vida.
Só que este é um percuro tortuoso, manhoso, de avanços e recuos. Volta e meia parece que até já aceitei. Outras envade-me uma grande raiva. Enfureço-me contigo e com a vida. Noutras penso que se acreditasse em Deus e na vida eterna seria mais feliz. E existem outras ainda em que o que queria mesmo era acreditar no céu e nos anjinhos e nessa porra toda. Mas não acredito. E depois vou em stand-by. Tento não pensar para não sentir e aparentemente estou em paz. E quando começo a sentir-me melhor catrapum, lá recomeça a lenga-lenga.
Uma grande merda, é o que é.
E sabes que mais? Estavas enganado, a vida não é madrasta. É mesmo filha da puta.

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