Vivemos com a certeza da morte. Mas nunca estamos preparados quando ela chega.
Depois tentamos assimilá-la. Compreendê-la. Viver com ela. O tempo passa e compreendemos que é uma luta. E como bons guerreiros que devemos ser, superamos e tentamos vencê-la. Não à morte, que para ela não à solução, mas à vida. Temos que continuar a viver.
Depois, com o tempo, chega um dia que acreditas que o pior já passou. Que grande parte da aceitação está feita e respiras quase de alívio. E é nesse dia que acordas mal disposta porque durante a noite sonhaste com essa pessoa querida. Sonhaste com a morte. Não com a sua mas com a de um seu semelhante e ouviste os seus desabafos. Aqueles tão próprios do luto. Semelhantes aos que tu desabafaste. De um irmão sobre outro irmão...
Acordas com a angústia no peito e percebes que esta luta não tem fim. Que podes até vencer algumas batalhas, mas que a vida é muito longa para a irreparabilidade da morte.
1 comentário:
Se é minha querida: a vida é muito longa para a irreparabilidade da morte.
Gostei muito do texto.
Quem me dera a mim puder ver nos meus sonhos.
TADORO
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